Parar, respirar e cuidar
- Henrique Fernandes
- 20 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de ago.

Você já reparou se consegue ficar em silêncio dentro de casa, quando está sozinha(o) e tem oportunidade para isso? Ou costuma sempre ocupar-se de alguma atividade, pois permanecer em silêncio, apenas com a sua própria companhia, é algo que gera tédio ou muita inquietação? Ou ainda, seu filho ou esposa já reclamou do tempo que você passa no telefone celular, enquanto vocês poderiam estar fazendo algo juntos? E com que frequência você costuma chegar em casa após um dia longo de trabalho ou de estudo, sem nem se dar conta do caminho que percorreu?
Uma história oriental bem antiga, sobre um cavalo e um homem, tematiza esse cenário. O cavalo galopa de modo muito veloz, e transmite a ideia de que seu dono está com muita pressa para chegar a um importante evento. Um outro homem, que observa atentamente à beira da estrada, grita a ele: "Hey, para onde você está indo, com essa pressa toda?" E o homem montado no cavalo então responde: "Não sei, pergunte ao cavalo!!"
Pois é, com a grande quantidade de estímulos que dispomos atualmente - redes sociais, séries e filmes, por exemplo -, além do ritmo de estudo e trabalho que nos é exigido, fica cada vez mais difícil fazer o exercício de apenas observar nossa condição interna em dado instante. E por que isso seria um problema - ou seja, estar sempre ocupada, mesmo em momentos de lazer ou de descanso? Uma possibilidade de resposta a essa pergunta seria: a partir do momento em que percebemos que ficamos impacientes, desatentas, com uma sensação de vazio - entre outros estados afetivos que nos levam a sofrer -, ou quando as pessoas que conosco convivem - filhos, esposa(o), mães e pais, irmãos, colegas de trabalho, etc. - passam a reclamar de comportamentos nossos e a demandar atenção.
Temos conhecimento de muitas reportagens e pesquisas acerca de problemas de saúde mental como a depressão e a ansiedade, e sintomas comuns como a insônia, a irritabilidade e preocupações excessivas, e o quanto grande parcela da nossa população sofre por conta deles. E ainda assim, não costumamos reservar um tempo para cuidarmos dessa questão tão essencial das nossas vidas, que é a atenção plena no presente. Para chegarmos a um patamar maior de qualidade de vida, é necessário reservarmos um tempo para parar, respirar e cuidar.
A abordagem terapêutica com a qual trabalho, chamada de Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), oferece estratégias que facilitam o cuidado de si e a permanência com todo o seu ser no momento presente. Uma delas é o "mindfulness" (que traduzimos como "atenção plena"), prática que tem sido adotada para tratamentos de saúde em muitos países, e com comprovações de melhora e redução de estresse, ansiedade, insônia e tristeza, entre outros.
Você se identifica com o conteúdo, e tem interesse em tratar essa questão? Entre em contato! Terei uma grande satisfação em explorar esse caminho junto contigo!
