Homens e dificuldades afetivas nos relacionamentos interpessoais
- Henrique Fernandes
- 25 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de jul.

É comum vermos nas redes sociais diversos conteúdos sobre diagnósticos e modos de ser denominados "tóxicos", principalmente se referindo ao público masculino. Muitos homens não acompanharam mudanças sociais importantes e necessárias no que tange aos direitos das mulheres nas mais variadas esferas.
E com isso, movimentos contrários às mulheres (como o "masculinismo", "red pill", e "MGTOW") estão surgindo para frear os avanços sociais promovidos no campo, e acabam gerando graves problemas como o aumento da misoginia e o feminicídio.
Isso pode estar acontecendo em razão de processos de formação das masculinidades que tendem a resistir a mudanças. De acordo com Valeska Zanello, professora da Universidade de Brasília e uma das principais pesquisadoras de saúde mental feminina e masculina em nosso país, no processo do tornar-se homem as pedagogias afetivas são voltadas para a eficácia no trabalho e na vida sexual, desde os primeiros anos de vida - enquanto que para as mulheres são valorizados o amor e o cuidado do outro.
Daí decorrem grandes dificuldades que, se não forem elaboradas em espaços adequados - como por exemplo o de instituições de ensino que já possuem um olhar diferenciado em relação a essas questões, ou mesmo da psicoterapia, sem contar ações e políticas promovidas pelo Estado -, podem se perpetuar para o resto da vida e causar conflitos.
E por não terem uma pedagogia adequada no campo dos afetos, muitos homens sofrem por não conseguirem realizar uma escuta empática ou terem uma postura compassiva diante de demandas das mulheres, nas mais diversas esferas (familiar, amorosa, trabalhista, entre outras).
E você, leitora ou leitor, já refletiu sobre essas diferenças? Você conhece algum familiar que esteja passando por dificuldades (irmão, pai, avô, filho), ou percebe algum sofrimento em seu esposo, namorado ou amigo, relacionado a esse conteúdo, e sente que ele precisa de ajuda? Você, homem, tem alguma dor ou sofrimento em função desse tema? Pois saiba que você não está sozinha(o), e é bem-vinda(o) caso queira me contar mais! Aguardo seu contato!
